ZEN Surf. de Trem !!! Em ondas de viagens e informação ...

Zen surf de trem é um blog/coluna, que aborda de maneira jovial e sem compromisso, a realidade de um lugar diferente, os pensamentos de um sonhador e as informações de uma banda que luta em busca divulgar o seu som e sua ideologia . Um blog onde o debate é a palavra de ordem, do social a ufologia, sempre respeitando a opinião do próximo. Publicado em diversos jornais e sites do Mato Grosso do Sul.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Aeroína - Surfistas de Trem (ao vivo no MS Canta Brasil - Campo Grande/MS)


No dia nove de março de 2014, a banda fronteiriça Surfistas de Trem, participou do Projeto MS Canta Brasil, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande/MS. A banda abriu o show do ícone do rock nacional, Humberto Gessinger, e tocou para um público estimado de 40 mil pessoas.

sábado, 15 de março de 2014

Quanto vale a sua ideologia ??? O retrato deprimente de um falso rei.



Salve salve galera do mundo. Hoje após algum tempo de pausa nas publicações do blog, resolvi compartilhar mais uma vez um pouco de minhas "viagens" e pensamentos, como tenho feito a tantos anos. Antes de mais nada, gostaria de agradecer a todos que curtem o blog, e a maneira simples e sem pretensão que escrevo. Quando criei o blog, em 2008, seria apenas uma ferramenta de distração, e foi principalmente com ele, que me dei conta o quão é importante a exposição de nossas idéias, ainda que muitas vezes imatura, afinal, também aprendemos com os erros. 

Diferente das composições, algo que eu já realizava desde muito novo, a elaboração de textos associada com a vontade de expressar meus sentimentos e pensamentos compartilhando-as com mais pessoas, era uma nova paixão que logo me transformou drasticamente. Passei a refletir mais, ter mais calma nas afirmações, e diminui muito meu preconceito acerca de todas as coisas. Passei de um bom leitor para um leitor voraz, evolui de um compositor/letrista  para um escritor em plena atividade. De lá pra cá o blog ganhou um bom número de visualizações mensais e eu ganhei a oportunidade de publicar meus textos em jornais, sites e outros veículos que comunicação, de conhecer gente importante do jornalismo, e descobrir que muita gente aprecia o que eu escrevo. Consegui gerar debates e despertar contestações, com alguns textos, e com isso, ganhei aquele velho apelido de "POLÊMICO", dado principalmente a quem não tem medo de expor sua opinião, ainda que outrora precise se retratar, como tive que fazer algumas vezes. Mas tudo bem, ainda acredito que aprendemos muito mais com os erros. 

Diante de tantas experiências e mudanças, a que considero a maior e mais brilhante que aconteceu comigo desde que eu passei a me dedicar a escrita, foi o amadurecimento de minha própria ideologia. Talvez pelo fato de ter lido algumas obras magmas, que são transformadoras para qualquer jovem, ou talvez pelo simples fato do passar do tempo, que amadurece as pessoas, aquele time que cada um tem o seu. As vezes me pego a analisar, como existem pessoas que são tão jovens de idade e maduras nas atitudes e pensamentos, e outras que são totalmente ao contrário disso. Na certa um belo exemplo de paradoxo. Mas vejo que dia após dia com as constantes mudanças que sofremos com a globalização consumista, o ser humano tem se tornado o próprio paradoxo. E o que se era hoje, amanhã já não precisa ser, desde que se pague um preço por isso. Sei que o poder do capital domina e controla tudo, porém o que temos hoje é uma situação no mínimo interessante para se refletir. Não contentes em ditar as regras do nosso consumo, e influenciar diretamente na formação de nossa própria ideologia, agora querem ter que o capital a transforme a qualquer momento. Querem comprar as nossas idéias. 

Sei que muito já se falou, e muitos já criticaram o nosso Rei Roberto Carlos, desde que ele apareceu fingindo comer carne pela FRIBOI, mas esse é o maior exemplo de compra de ideologia do momento. 


O fato não é o rei da Globo ter voltado a comer carne ou não, afinal todo mundo pode mudar de opinião e rever seus conceitos. A questão primordial é que além dele não ter voltado a comer carne, continuando a ser o vegetariano xiita que sempre foi, vendeu a sua imagem a algo que ele denomina errado, ou melhor algo que ele abomina. Prestando um papel de falso, com o único intuito de receber um cachê estratosférico. Resumindo, trocou a sua ideologia, aquilo que segue e que acha certo, por uma grande quantia em dinheiro, como se ele precisasse. Sei que muitos podem pensar, que não sou ninguém para juga-lo, alguns mais alienados pensam, é mais se fosse você, você teria feito o mesmo. E com esse tipo de pensamento, nosso país fica mais corrupto a cada dia, e nossos reis mais decadentes. 

Sempre fui fã do Roberto Carlos, e minha vó dona Ecy que não descubra a crítica que estou fazendo a ele, pois na certa é uma de suas maiores fãs que já conheci, possuindo uma coleção extensa de discos do pseudo Rei. Brincadeiras a parte e analisando o papel social e cultural que ele se prestou a fazer é no mínimo deprimente. Aliás deprimente seria uma boa palavra para definir o seu trabalho nos últimos tempos, se tornando um fantoche da Globo. 

Eu gostaria muito de saber quanto pagaram para ele vender a sua ideologia, gostaria de saber também de ele não se arrependeu, afinal não creio que ele seja um cara do mal. É não se fazem mais reis como antigamente. Estou preocupado, pois não acreditava que o dinheiro pudesse comprar tudo, sempre tive aquele sonho comuna, de um mundo melhor, de não valorização material, mas e agora, o capital está comprando até o abstrato! Obrigado Roberto por contribuir por um mundo mais falso, menos ideológico e muito mais muitos mais materialista. Ah, e bom apetite !!!         

(*)Texto de João Caetano, Idealizador e vocalista da banda Surfistas de Trem, Ufólogo, graduado em Ciências Econômicas pela UEMS, especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior pelas Faculdades Magsul, membro do Conselho Municipal de Cultura em Ponta Porã, docente nas disciplinas de História Regional e Sociologia,  além de, fronteiriço nato de alma guarani.     




segunda-feira, 3 de março de 2014

O que é a banda Surfistas de Trem ???

Ao sul do antigo Mato Grosso, na fronteira invisível que separa o Brasil e o Paraguai, a poucos metros da antiga estação do saudoso Trem do Tereré, surgiu em fevereiro de 2008, em Ponta Porã/MS (Princesinha dos Ervais), à banda fronteiriça Surfistas de Trem.
Com intenção de fazer a sua própria música, levou para suas canções autorais a forte influência sócio-cultural e as peculiaridades impares dessa região tão diferente de nosso país. Mergulhando fundo na exaltação a cultura fronteiriça e toda a sua miscigenação, criaram uma música ao qual batizam de Moderna Música da Fronteira, onde através das variadas influências musicais dos integrantes da banda, conseguiram fazer um som autêntico e inovador.
Assim como na fronteira, miscigenação é a palavra de ordem no estilo musical da banda. Que além da veia forte da Soul Music, passeiam pelo rock, reggae e samba-rock, cantando e exaltando a fronteira invisível e seu cotidiano, além dos grandes nomes  da moderna música do MS.  A resposta é rápida quando questionados qual o estilo musical da banda? Samba Reggae and Roll!  É assim, de maneira mais do que diferente que definem o seu estilo musical.
Com este regionalismo moderno, a banda pouco a pouco conquista cada vez mais um público fiel e cativo, que já ultrapassa as fronteiras do estado de Mato Grosso do Sul. Duas vezes destaque nacional no maior site de música independente do Brasil, o Palco MP3, a banda também acumula diversas participações em festivais e projetos culturais, sendo destacados: Festival da Primavera (Tv Morena), Festival América do Sul (FCMS), Som da Concha (FCMS), Cenasom (FCMS), Som da Fronteira (Fundac/Ponta Porã), Festival Alma y Joven (Dpto de Amambay – PAR), Celebração (UFGD) e Estúdio 104 (Tv Brasil Pantanal).
Com uma boa bagagem musical, amadurecimento das canções e idéias da banda e ainda dois CDs Demonstração já lançados, os Surfistas de Trem se preparam para lançamento de seu primeiro álbum profissional. Intitulado como Moderna Música da Fronteira, o álbum conta com o apoio do FIC/MS (Fundo de Investimento Cultural), e com a produção musical de Alex Cavalheri, tendo lançamento previsto para o segundo semestre de 2014. A banda conta com a mesma formação desde 2010, quando iniciaram o projeto autoral, tendo como integrantes os amigos de longa data: João Caetano (vocal), Renan Dorta (baixo), Cleyto Vieira (guitarra), Alexandre Parra (guitarra) e George Parah (percussão e bateria). Que buscam em cada show realizado mostrar existência de vida inteligente na fronteira do refrescante e saboroso tereré!

(*)Texto de João Caetano, Idealizador e vocalista da banda Surfistas de Trem, Ufólogo, graduado em Ciências Econômicas pela UEMS, especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior pelas Faculdades Magsul, membro do Conselho Municipal de Cultura em Ponta Porã, docente nas disciplinas de História Regional e Sociologia,  além de, fronteiriço nato de alma guarani.

domingo, 7 de abril de 2013

Cem anos da Princesinha dos Ervais.

São mais de cem anos, desde que Thomas de Laranjeira começou a mascatear por essas bandas. No aniversário do centenário da nossa terra, estivemos fazendo uma pequena participação na série de reportagens especiais sobre a "frontera", na TV Morena, afiliada da Rede Globo. Amo essa terra, e o que realmente quero, é contribuir para que nossa fronteira se torne um local nacionalmente reconhecido pela sua intensa miscigenação, e não pelos fatos ruins que geralmente são associados a nossa terra. Neste ano os Surfistas de Trem, farão um show especial em Campo Grande, no aniversário de Ponta Porã, mais uma maneira de homenagear nossa terra. Abaixo trecho de nossa participação na série especial em homenagem a fronteira.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Fronteira Alternativa, nadando contra a corrente e fazendo a diferença.


     Se o Mato Grosso do Sul, tem sido representado nacionalmente e internacionalmente pelos artistas do “novo sertanejo”, ou sertanejo universitário, a fronteira invisível entre o Brasil e o Paraguai, mais especificamente Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, com toda certeza, está literalmente como dizia Cazuza, “nadando contra corrente”.
     Com a produção autoral das bandas e artistas do segmento alternativo, se solidificando cada vez mais, a “fronteira dos hervais” vem mostrando que dispõe de artistas com muito talento, e que dia após dia vem ganhando espaço e reconhecimento do público e da crítica no estado de Mato Grosso do Sul.
     Com bandas como Retorno Comum, X Drive, Atos Falhos, Tokomadera, Nova Sociedade e Surfistas de Trem, a fronteira vem se solidificando cada vez mais como um celeiro da música alternativa no MS, seja no hard core, reggae, pop, samba rock ou rock and roll, a produção autoral se torna cada vez mais frequente entre o segmento.
     Uma prova disto é a participação maciça da chamada “moderna música da fronteira”, no 4º Kit de Difusão Musical, que será lançado pela Fundação de Cultura do MS (FCMS), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande no próximo dia 11 de dezembro.
     O projeto visa divulgar a nova produção autoral do estado, para todo o Brasil, nos diferentes segmentos musicais. No Kit de Difusão Musical 2011, pela primeira vez, o projeto recebeu a participação de um artista da fronteira, a banda Surfistas de Trem, que neste ano além de participar novamente do projeto, abriu caminho para mais dois representantes fronteiriços do segmento alternativo, Retorno Comum e Atos Falhos, solidificando cada vez mais a nova fase da música autoral que a “fronteira invisível” tem passado.
     O que tem crescido, tende a crescer ainda mais, com o lançamento de materiais inéditos autorais das bandas em Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.
     É sob essa tendência de crescimento e fortalecimento da música autoral alternativa da fronteira, é que acontece neste sábado, em clima de total harmonia a 5ª Edição do Rock Gol, evento realizado anualmente, pelo diretor de cultura municipal e radialista (Sábado Alternativo – 96,6), Éder Rubens. O evento é uma forma de confraternização entre os artistas locais do segmento alternativo, que participam de um acirrado campeonato entre as bandas e amigos, onde a habilidade quase sempre fica em segundo plano. O evento acontece, a partir das 16 horas, no campo sintético do Show de Bola Futebol Society e será aberto para toda a comunidade, em especial aqueles curtem a boa música e apoiam aqueles que continuam nadando contra a corrente, mas pouco a pouco colhem os frutos da sua originalidade.



João Caetano - Músico/Compositor,
líder da banda Surfistas de Trem,
Economista e colaborador do JR.




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Você acredita na Ufologia?



     Entre muitas previsões apocalípticas que já permearam a história da humanidade, a do calendário Maia, que prevê o final dos tempos para o dia 21 de dezembro deste ano, é a mais recente. Ainda que grande parte do mundo desdenhe de qualquer tipo “Armagedon”, pelo grande número de falsas previsões que já ocorreram, muitos ainda tem um certo receio de tudo isso, mas é necessário compreender que muitas vezes as informações que se tem sobre esses assuntos, são distorcidas ou manipuladas.
     Entre essas informações manipuladas ou distorcidas, estão grande parte das informações que acercam os estudos ufológicos, não somente no Brasil, como em todo mundo. O termo ufologia é uma adaptação do neologismo inglês ufology, e que significa estudo de objetos voadores não identificados. Uma vez que a sigla UFO (Unidentified Fly Object) foi traduzida para o português como OVNI (Objeto Voador Não Identificado), e alguns países de língua portuguesa empregam ovniologia. A adaptação do inglês, contudo, é amplamente conhecida e aceita pelo público e pesquisadores brasileiros.
        Porém, a admissão da ufologia como campo legítimo de estudo sofre grande resistência. Parte dela é justificada pelo charlatanismo ou desorganização teórica de alguns grupos ou indivíduos, mas uma parcela importante advém do dogmatismo e da desinformação pública sobre cientificidade, perpetuados pela postura parcial do conhecimento estabelecido, que desconsidera vários argumentos usados para desqualificar a ufologia quando trata de outras áreas do conhecimento. No Brasil, essas características são observáveis mesmo em trabalhos que pretendem ter como foco a divulgação científica.
       Talvez por medo de criar um pânico geral na população, as autoridades governamentais, acabam por omitir informações sobre os relatos ufológicos brasileiros e mundiais, o que dificulta os ufólogos a identificarem, compreenderem e buscar explicação para fatos considerados anormais para grande parte do mundo.
No Brasil, diversos casos foram omitidos ou postergados pelo governo, e enquanto estamos em casa, acreditando que ets existem somente nos filmes de Hollywood, eles podem estar mais perto do que imaginamos. Entre os casos ufológicos brasileiros, que por sinal não são poucos, alguns merecem destaques especiais. Como o caso das "Máscaras de Chumbo", que ocorreu durante as semanas que seguiram ao dia 20 de agosto de 1966, em Niterói – RJ, o caso Villas Boas em 1958, na zona rural de São Francisco de Sales – MG e o caso Varginha, que ocorreu também em Minas Gerais na cidade de Varginha, em 1996, este último ficou mundialmente famoso com destaque especial da imprensa mundial. Em Varginha diversas pessoas em um determinado espaço de tempo, relataram ter visto Discos-Voadores e UBEs (Unidade Biológica Extraterrestre), sempre numa mesma região da cidade, e o que todos esses casos tem em comum? Todos foram omitidos ou postergados pelo governo brasileiro. No caso Varginha, que é o mais recente, ufólogos afirmam que o exército brasileiro, capturou dois seres extraterrestres, um sem vida e outro com, e enviou para a Unicamp, para logo em seguida encaminharem para pesquisadores americanos da NASA.
        Porém uma luz no fim do túnel para os estudos ufológicos tem sido acesa, pouco a pouco o governo brasileiro tem liberado documentos que até então eram secretos para os estudiosos sobre o assunto, o que facilitará os estudos e de uma vez por toda acabará com o estigma de haver ou não vida extraterrestre, essa política de liberação de documentos sigilosos tem acontecido não somente no Brasil, mas em diversos países onde a comunidade ufológica tem mais expressão, como nos Estados Unidos, França e Alemanha. Bem, se realmente isso ocorrer de maneira verdadeira, clara e objetiva em breve teremos avanços significativos para toda a humanidade.

João Caetano - Músico/Compositor,
líder da banda Surfistas de Trem,
Economista e colaborador do JR.

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Pelo preço ou pelo povo?


             Passada uma semana de uma das maiores festas da fronteira, o Motorcycle, balanços gerais começam a serem realizados, não somente pela organização, mas também pela população fronteiriça, brasileiros e paraguaios.
             Que o Motorcycle, é uma grande festa e um dos maiores encontros de motociclistas do país, todo mundo já sabe! Que trás benefícios para o comércio, com o recebimento de milhares de turistas na fronteira e ajuda a população já que toda renda adquirida é doada para instituições beneficentes, todo mundo também já sabe! Sendo assim, não há do que se reclamar, já que todo mundo sai satisfeito, será mesmo? Vejamos.
        Nesta semana, a organização do evento através de seu representante maior, o presidente do Renegados Motoclube, declarou que o evento teve uma baixa significativa de público. E ainda estariam avaliando a viabilidade de um próximo evento para o ano que vem, já que conforme declaração, faltou apoio da comunidade local tanto por parte dos comerciantes, como dos moradores da fronteira, esta é a parte da organização, mas o público não compareceu porque? Simplesmente porque queriam ficar na avenida?
             Na contra-partida desses fatos, surge a voz do povo, e como já disse o poeta, a voz do povo é a voz de Deus. Vale a pena destacar, que eu sou um espectador assíduo do evento, e colaboro com o mesmo, a dez anos, me apresentando em todas as edições, seja a convite da organização, ou de algum moto clube presente no evento, portanto não tenho porque, nem estou falando mal do evento, ao qual gosto bastante, e muito menos dos organizadores aos quais tem meu respeito e minha consideração, por serem homens idoneos e que prestam um relevante serviço para a população. Sendo assim, apenas acredito que há duas faces da moeda, e se o público não se fez presente como nos outros anos, algum motivo diferenciado ocorreu e precisamos destacar para que a fronteira não perca este importante evento.
       Minha formação acadêmica, não me permite embassar convicções apenas em “achismo”, sendo assim antes, durante e após o evento me atentei aos comentários em geral dos espectadores considerados potênciais, ou seja, os moradores da fronteira. Acontece que, por ser uma edição especial da festa, a 10ª edição, a organização queria fazer algo maior e diferente, com dois grandes shows, um na sexta e outro no sábado. Diante disto, uma afirmação é essencial, cresce o evento, crescem os custos e esses custos devem ser repassados. Começando então a grande questão a ser debatida, o preço. Neste caso a organização aderiu o que em “economês” chama, preço de produtos em fase de crescimento. Segundo Cobra, um dos maiores estudiosos do marketing no Brasil, o crescimento de um produto no mercado vai depender de sua política de preços. À medida que a aceitação do produto aumenta, o preço vai sendo ajustado, de inicialmente um preço de penetração, para um preço que cubra os custos e o capital envolvido e ainda proporcione uma margem de lucros inicial pequena. Sendo assim, como seria a 10ª edição , de um evento consolidado na fronteira , não teriam problemas em aumentarem os preços. Mas, não foi bem assim, muitas pessoas deixaram de ir até o parque devido ao preço elevado, não somente da entrada, mas também pelo preço abusivo dos produtos dentro do parque de exposição. Diante disso, o povo que em sua maioria não é elite e sim assalariado, preferiu economizar, ou simplesmente, não teve condições de prestigiar o evento.
               Outra questão a ser repensada, são os shows principais, que não foram de agrado da população desde seu anúncio no início do ano. Nada contra as bandas, mas repetir uma banda que já esteve por aqui em outra edição do evento e trazer uma banda de pouquissíma expressão na atualidade, foi um tiro no pé, de quem queria inovar e fazer algo diferente. Uma sugestão bastante válida, nesse quesito, seria uma pesquisa voltada ao público, sobre as atrações que mais gostariam de assistir, pois acredito que isto fica a cargo de poucas pessoas, quando é o povo que deveria escolher, já que o evento é para toda a população.
Entre outros aspectos da variavel “preço”, quem poderia pagar menos, ou melhor a metade, que são os estudantes por direito, mais uma vez sofreram um descaso imenso, com uma burocrácia descomunal para adquirir a meia entrada, um direito adquirido de todos os estudantes brasileiros. Além de enfrentar uma única e imensa fila para comprar a meia entrada, era necessário estar com a carteira de identidade em mãos, juntamente com a carteirinha de estudante, para que ambas fossem fotocopiadas e só depois poderiam ser vendidas as entradas destinadas aos estudantes. Não faço idéia o porque de todo esse procedimento, uma vez que a apresentação do documento comprobatório do estudante deve ser cobrado apenas no seu ingresso ao evento, e este documento comprobatório não necessariamente precisa ser a carteira do estudante, mas qualquer documento que prove que o aluno está devidamente matrículado, ou seja, um boletim, um carnê de pagamento, uma carterinha da instituição de ensino, um comprovante de matrícula, todos esses documentos são legalmente aceitos, ou deveriam ser, para o direito da meia entrada, não consigo enteder o porque dificultar tanto para a comunidade estudantil, até por que quanto mais pessoas, maior a arrecadação e nem todo mundo é estudante, sendo que uma pessoa leva a outra. Não sei também se isto se dá pelo descredito que a UPEr tem em nossa cidade, mesmo assim, não se pode penalizar toda uma comunidade estudantil, por uma instituição sem credibilidade.
         Entre prós e contras, vale analisar também que se querem o “povão” no parque, é necessário que os preços sejam para a comunidade, preços populares, só assim pode-se cobrar a participação da comunidade , pois nenhum pai de familia vai deixar de pagar suas contas, ou deixar de garantir suas necessidades básicas para ir ao Motorcycle, e acredite se quiser a maioria esmagadora povo ainda é pobre, e antes de pensar em se divertir, pensam em suas primeiras necessidades. Fica a pergunta que não quer calar, será mesmo que o declínio do Motorcycle este ano, se deu pelo preço ou pelo povo?
             De qualquer maneira, torço para que o evento volte a ser o sucesso que sempre foi e principalmente, um evento para toda comunidade fronteiriça, sem distinção de classes sociais.
 
João Caetano - Músico/Compositor,
líder da banda Surfistas de Trem,
Economista e colaborador do JR.

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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Surfistas de Trem - Para Melhorar



Surfistas de Trem
Para Melhorar
De: João Caetano
Ao vivo no Estúdio 104
Campo Grande- MS

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Que nuvem fétida é esta ?

       A aproximadamente uma semana Ponta Porã passa por um fato um tanto quanto estranho , talvez nunca vivenciado na fronteira. 
 
      Um cheiro extremamente fétido, pairando por toda a cidade tem intrigado a população, muitas vezes deixando um certo constrangimento por não se descobrir de onde estaria sendo exalado tamanho fedor. 
 
      Basta a noite cair para que o mau cheiro tome conta de toda cidade, criando um fato engraçado, onde as pessoas começam a procurar desesperadamente a origem do fedor. Nesta semana, pude presenciar uma série de acusações devido ao mau cheiro, olhar para a sola do sapato estava virando rotina, quando a noite começava a cair. 
 
      O mais intrigante é que diferentes pessoas comentavam sobre o mau cheiro, porém não relacionavam isto entre si. Na segunda-feira (13/08), postei em minha página do facebook, perguntando se outras pessoas também estavam intrigadas com isto, se estavam percebendo, a resposta positiva veio em segundos. Uma série pessoas começaram a perceber que tal fato não era algo isolado e que era sim um problema geral em toda cidade.
Na realidade não vi nenhuma autoridade falando a respeito disto, nenhuma resposta ou mensagem foi enviada a população, explicando o que de fato estaria acontecendo. 
 
      Pelo que pude colher entre os amigos do facebook, portanto nada formal ou oficial, alguns diziam que o mau cheiro estaria vindo da fecularia de mandioca, instalada na saída da cidade, e a baixa umidade relativa do ar estaria sendo auxiliadora para que a podridão tomasse conta da cidade. Alguns mais engraçadinhos diziam que o mau cheiro era oriundo da fase eleitoral que vivemos!!! Brincadeiras a parte, seria interessante que se averiguassem com exatidão o por que, e realmente da onde estaria vindo o mau cheiro. Pois se realmente estiver vindo de alguma industria, é necessário que algo relacionado ao meio ambiente seja feito, pois ninguém quer morar em uma cidade que cheira a latrina, além da propaganda negativa que nossos turistas estariam levando daqui. Não creio que este é o preço que devemos pagar pelo desenvolvimento, ainda mais em uma época em que a sustentabilidade é palavra-chave em todos os debates desenvolvimentistas. 
 
João Caetano - Músico/Compositor,
Conselheiro municipal de cultura,
líder da banda Surfistas de Trem,
Economista e colaborador do JR.

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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A propaganda política nas redes sociais, um debate a ser feito.


       
      Foi dada a largada para a corrida das eleições municipais, em nossa cidade, os candidatos pouco a pouco começam a mostrar suas caras estampadas em outdoors, carros, bandeiras, “santinhos” e agora também nas redes sociais, algo que não se via na últimas eleições. 
 
        Com esta mudança, totalmente compreensível, pois faz parte de uma evolução normal que estamos passando com a era digital e tecnológica, algumas pessoas tem questionado sobre a propaganda política nas redes sociais. 
 
        Primeiramente vale ressaltar que a propaganda política nas redes, é legal, desde que tenha sido realizada a partir do dia 05 de junho. Mesmo assim, o que tenho visto no face book, principalmente aqui na fronteira é uma indignação e repulsa a esta prática.
 
      Alguns internautas, reclamam da poluição visual que gera na rede, tendo em vista o grande número de candidatos que compartilham suas fotos e jingles incansavelmente na tentativa de convencer algum eleitorado. O que se analisa por parte dos candidatos por sua vez, é que muitos deles tem utilizado a rede de forma errônea, apenas como uma mera ferramenta de exposição de sua figura, uma publicidade barata e sem conteúdo, que muitas vezes pode ter um efeito contrário, e ao invés de cativar o eleitorado, acaba irritando-o. 
 
       Entre questionamentos e indignação a falta de um bom conteúdo, é um dos motivos que tem gerado revolta dos internautas. A população mais confusa do que nunca, pelo acumulo e velocidade de informações que se tem disposição, acaba por não perceber que uma grande mudança pode ser feita no campo político, caso se utilize as redes sociais com um fim educativo e de registro.
 
     O que acontece atualmente, é que o povo ficou sabido de uma hora pra outra, leem um “jornaleco” aqui, um site acolá, veem mais uma meia dúzia de besteiras na televisão e pronto, estão aptos para falar de qualquer assunto, e isto, reflete diretamente no despreparo de muitos muitos candidatos, que não fazem a miníma ideia do que é a politica. Vejamos, em outros tempos as eleições eram do corpo a corpo, do candidato populista, que abraçava e beijava todo mundo, prometia uma centena de coisas em época de eleição e depois de eleito sumia. E isso sempre acontecia! Ou ainda acontece? Talvez. Como podemos mudar isto? Além de analisar o currículo vitae do candidato, saber suas origens e intenções, é necessário que se registre suas ideias e promessas. E quer melhor maneira do que tendo o contato direto, dos candidatos? Poder falar e cobrar diretamente a pessoa ou seu assessor e melhor do que isto, com várias pessoas de prova, e muitas vezes fazendo as mesmas revindicações. Pois é, as redes sociais tem este poder. Basta você querer enxergar. 
 
       A revolta de muitos eleitores que utilizam a rede, principalmente o facebook, é que a publicidade contínua, não somente a de campanha eleitoral, mas nos mais variados aspectos, polui por deixar um conteúdo repetitivo, o que outrora fez quase que extinguir outra rede social, o orkut.

         A realidade é que se o conteúdo da publicidade não tiver um contexto, uma boa ideia, ela polui qualquer coisa. Para o Tribunal Superior Eleitoral, “entende-se como ato de propaganda eleitoral aquele que leva ao conhecimento geral, ainda que de forma dissimulada, a candidatura, mesmo que apenas postulada, a ação política que se pretende desenvolver ou razões que induzam a concluir que o beneficiário é o mais apto ao exercício de função pública. Sem tais características, poderá haver mera promoção pessoal, apta, em determinadas circunstâncias a configurar abuso de poder econômico, mas não propaganda eleitoral”. Ou seja, qualquer forma de se auto promover. 
 
       Com toda essa facilidade de aparecer, os candidatos tem dado um tiro no pé. Uma vez que adequam o velho estilo de fazer política a novidade de divulgação. O povo não quer ver de meia em meia hora, uma foto do candidato com um time de futebol, com uma família carente, em uma região inóspita da cidade. A visão política da sociedade está deturbada, e com toda razão, política virou sinônimo de farra com dinheiro público, corrupção, e os atos mais inimagináveis para, “lograr o povo”, como dizia meu avô.

        Porém esta fatia de revoltosos com a propaganda eleitoral nas redes é apenas uma parte dos que criticam tal feito. Existem também os apoliticos, que simplesmente não querem a propaganda por não gostar de politica, ou não acreditar em mudanças. Para estes, vai o meu lamento. Grande parte desses internautas, são de classes sociais altas, pseudos pensadores punks, que somente criticam sem se quer oferecer nenhuma solução, ou ainda quando tentam expor alguma, esbarram em ideais utópicas de anarquismo. Ainda temos também aqueles que dizem, eu não estou nem pra politica, isso num me ajuda em nada, num muda nada, nestes casos temos o analfabeto político.

          Bertolt Brecht, dramaturgo e pensador alemão brilhantemente define o analfabeto político como o pior de todos os analfabetos, “pois ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.

        Entre estes e outros questionamentos, vale atentar a alienação da população, pois não querem discutir e debater o seu próprio futuro nas redes sociais, mas adoram compartilhar os hits das Empreguetes, gerar brigas por causa de times de futebol e acompanhar a vida das celebridades, tudo isto é válido nas redes, mas política não. Vai entender, né! 
 

João Caetano - Músico/Compositor,
Conselheiro municipal de cultura,
líder da banda Surfistas de Trem,
Economista e colaborador do JR.

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